- O processo de conversão depende da Graça de Deus
- História da Vida de Santo Agostinho
- O que Deus fez no coração desse homem para ele se converter?
- Realidades que auxiliaram na conversão de Santo Agostinho
- Como ocorreu de fato a conversão dentro da alma de Santo Agostinho?
- Encontro com a verdade que leva a verdadeira conversão
- Encontro de Agostinho com Santo Ambrósio
- Finalmente a Conversão acontece
- A interferência dos monges na conversão de Santo Agostinho
- A palavra de Deus auxiliando na conversão de Santo Agostinho
- Assista ao vídeo abaixo e tenha maiores detalhes sobre a conversão de Santo Agostinho
Olá, assíduo leitor do Blog Orações e Devoções Católica. Hoje, neste artigo, tratarei sobre a fantástica conversão de Santo Agostinho, grande Doutor da Igreja.
Porém, nosso foco também é meditar sobre a santidade, ou seja, como é que acontece uma transformação em uma pessoa que se converte?
Isto é, como a Graça de Deus transforma uma pessoa de um grande pecador, como Santo Agostinho, em um grande santo, como é este santo que nós veneramos, considerado doutor da Igreja.
O processo de conversão depende da Graça de Deus

Uma constatação importantíssima é que, além de São Paulo, apóstolo, que com as suas cartas influenciou o pensamento da Igreja de forma indelével para todo sempre…
Santo Agostinho foi uma segunda figura que mais influenciou e transformou a história da Igreja com seu pensamento depois de São Paulo.
Até mesmo Santo Tomás de Aquino, com toda a sua grandeza, deve vir em terceiro lugar, porque, na verdade, Santo Tomás também é discípulo de Santo Agostinho.
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Ouça o vídeo com mais detalhes da vida de Santo Agostinho no final do artigo.
Como é que Deus pode fazer alguém de tão pecador, santo? Essa pergunta é pertinente: como Deus conseguiu fazer de um pecador como Agostinho um santo dessa grandeza?
Bom, primeiro vamos recordar para aqueles que não conhecem a vida de Santo Agostinho.
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História da Vida de Santo Agostinho

Santo Agostinho é filho de uma santa, Santa Mônica. Porém, Santa Mônica não nasceu santa, ou seja, quando Agostinho era pequenino, ela teve medo de batizá-lo.
Isso porque, se uma pessoa cometesse um pecado muito grande naquela época, as penitências que a Igreja impunha eram tão grandes que as pessoas tinham medo de se batizar.
Ou seja, deixavam para receber o batismo, com desculpa da expressão, com o “pé na cova”, para morrer.
Essa prática acontecia para receber o perdão através do batismo, uma vez que assim não precisavam de grandes penitências.
Agora, para se confessar naquela época, não era como hoje, em que as penitências são leves, onde o padre apenas pede para rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria, e o penitente vai embora.
Na época de Santo Agostinho, para você se confessar, tinha que fazer anos de penitência.
Então, Santa Mônica, pensando assim, com medo de seu filho pecar, o inscreveu entre os catecúmenos, ou seja, os catequizandos, para ser preparado para o batismo, porém, não o batizou.
Enfim, esse foi, de certa forma, um erro de Santa Mônica, mas, pelo menos, Agostinho cresceu recebendo a doutrina cristã de sua mãe; contudo, não foi suficiente, porque Agostinho era muito talentoso.
E um dia, ouvindo um orador, Agostinho ficou entusiasmado e quis seguir os ensinamentos da oratória.
E assim, ele foi sendo levado, poderíamos dizer, pela mídia do seu tempo, ou seja, pela oratória.
Portanto, ele se aproximou ainda mais das falsas doutrinas, de uma seita chamada maniqueísmo.
Embora pouco tempo depois ele tenha deixado o maniqueísmo, indo atrás de uma filosofia, que já era um proveitoso passo de busca da verdade, e finalmente, em Milão, um belo dia, Santo Agostinho se converteu.
O que Deus fez no coração desse homem para ele se converter?
Entretanto, a grandiosidade da conversão de Santo Agostinho está no fato de ele ser de fato um grande pecador, uma vez que vivia as paixões carnais frequentemente.
Era algo de tal modo enredado na vida dele, principalmente, a questão do sexo era um problema muito sério, a castidade era uma coisa que antes da conversão verdadeira, ele não dava conta.
Tanto que Santo Agostinho teve um filho fora do matrimônio, chamado Adeodato, e, como ele, pelas regras sociais da época, não podia se casar com a mãe do Adeodato.
Portanto, ele se afastou dela, para supostamente não ficar com aquele concubinato, com uma amante.
Entretanto, a partir daí sua queda foi mais preocupante, pois ele caiu mesmo nos vícios, pois não dava conta da castidade, não dava conta de ficar sem sexo, de jeito nenhum.
Realidades que auxiliaram na conversão de Santo Agostinho
Porém, algo interessante foram as duas realidades que afetaram a conversão de Santo Agostinho: primeiro, a oração de sua mãe, Santa Mônica, e em segundo lugar, as pregações do Bispo Santo Ambrósio.
Oração de mãe que transforma
Quando Santo Agostinho finalmente se converteu, quando de fato ele sentiu mesmo o toque da graça e que ocorreu a sua transformação final, ele procurou em seguida sua mãe e contou-lhe o sucedido. E a reação dela foi de júbilo.
De fato, ela exulta e triunfa, bendizendo ao Senhor que é poderoso para fazer todas as coisas mais superabundantes do que ela tinha pedido.
Bendizia-O porque via que Deus lhe tinha concedido muito mais do que ela costumava pedir, com tristes e lastimosos gemidos.
Ou seja, Santa Mônica, que chorou durante anos com muitas lágrimas para a conversão de Santo Agostinho, viu que Deus atendeu o pedido dela com muito mais abundância.
Isto é, Deus atendera com mais generosidade do que o que ela tinha ousado pedir, pois que ela tinha ousado pedir era que seu filho arranjasse um casamento decente.
Mas, Deus tocou Santo Agostinho de tal forma que ele se converteu ao celibato.
Ele mesmo disse no seu livro, As Confissões: De tal forma me convertestes a vós, que eu já não procurava esposa, nem esperança alguma no mundo, mas permanecia firme naquela regra da fé que em tantos anos antes me tinhas mostrado a minha mãe.
Tranformaste a sua tristeza, a tristeza de Santa Mônica, numa alegria muito mais fecunda do que ela desejava e muito mais querida e casta do que a que podia esperar dos netos nascidos de minha carne.
Santo Agostinho, como um poeta que era, demonstra essa realidade belíssima da sua própria conversão.
Como ocorreu de fato a conversão dentro da alma de Santo Agostinho?
Porém, tudo o que será redigido aqui neste artigo será citado a partir do livro oitavo das Confissões de Santo Agostinho, ele mesmo narrando.
No entanto, para Santo Agostinho e deveria ser para todos nós, a primeira realidade que acontece para a conversão é uma luz interior.
Normalmente, muitos convertem-se de maneira mais comum, como por exemplo:
Uma pessoa vivia uma vida desregrada, viciada em sexo, nas drogas, no alcoolismo e tantas outras coisas mais e, de repente, por algum motivo, seja por uma pregação, ou por um milagre, a pessoa se converte.
No entanto, a pessoa não nota como aconteceu aquela conversão no seu interior.
Entretanto, Santo Agostinho se converteu em primeiro lugar intelectualmente, porque ele estava buscando a verdade.
Então, ele sai da retórica e começa a procurar a verdade no maniqueísmo.
Não a encontra naquela seita, ele parte à procurar na filosofia, porém, ainda estava incompleto aquela verdade, e continua buscando e a encontrou nas pregações de Santo Ambrósio.
Encontro com a verdade que leva a verdadeira conversão
Portanto, se formos notar, isso ocorre em todas as pessoas nas suas respectivas conversões. Isto é, acontece primeiro o encontro com a verdade.
Em Santo Agostinho, a gente nota isso clamorosamente, porque foi uma busca lenta, por intermédio de pessoas. Às vezes, a pessoa encontra a verdade que ela nem estava procurando.
A uma determinada altura de sua conversão, Santo Agostinho ainda estava na sem-vergonhice, ainda estava no pecado.
Portanto, não queria largar os vícios de falta de castidade que ele tinha, mas ele já sabia o que era o certo, já não tinha essa desculpa, pois a luz também já era certa para ele, já tinha visto a verdade.
Desse modo, a conversão, quando chega, isto é, quando a graça de Deus nos toca, como tocou Santo Agostinho, a graça ilumina a inteligência e nos convida à vontade. Então veja, Santo Agostinho está descrevendo assim com toda clareza no seu livro.
Entretanto, Agostinho correu atrás da verdade, foi às apalpadelas encontrando-a aos poucos na filosofia às duras penas, tendo revelações através da luz natural da razão até que o emprego dele o levou a Milão e ele foi lá trabalhar em Milão…
Encontro de Agostinho com Santo Ambrósio

Mais precisamente, ele trabalhava para o imperador, no entanto, ele ouviu falar que tinha um bispo naquela cidade e que o homem era muito bom na retórica.
A partir daí, Agostinho começou a ouvir Santo Ambrósio. No início, começou a ouvir para ver a arte dele falar, depois começou a prestar atenção nas verdades que ele estava ensinando e aquilo começou a brilhar dentro dele.
Porém, ele, ouvindo aquelas pregações, assim como muitos ainda hoje, a verdade vai brilhando, até que a pessoa começa a enxergar a verdade.
Entretanto, com Santo Agostinho aconteceu que a inteligência foi iluminada, mas a vontade ainda era fraca.
Relato de Santo Agostinho
Assim ele mesmo relata: a nova vontade que começava a existir em mim, a vontade de vos honrar gratuitamente e de querer gozar de vós, o único contentamento seguro, ainda não se achava apta para superar a outra vontade.
Ou seja, ele vê que ele tinha duas vontades dentro dele, a luz já tinha brilhado, porém, existia uma guerra dentro dele. E um embate acontecia: vou, não vou, quero, não quero.
Ou seja, ele sentia dentro dele um convite para mudar de vida, largar o pecado, deixar o sexo desregrado etc.
Ele já ouvia esse convite, mas a vontade é como um músculo que estava atrofiado, ele ainda não tinha uma vontade firme.
Ele diz que a outra vontade, a vontade de pecado, era fortificada pela concupiscência, ou seja, porque o problema dele é o hábito, ele estava viciado.
No entanto, nisso consiste a luta, isto é, a inteligência já sabia o que era certo, mas a vontade ficava: quero, não quero, vou, não vou.
Dizia também Santo Agostinho: O hábito, ou seja, o vício que combatia tanto contra mim, provinha de mim.
Isso rebate a muitos que até acham que peca por causa do diabo, do demônio… Tudo bem, existe o demônio, e de fato ele tenta, mas ele não faz sem a nossa cooperação.
Não adianta descarregar a culpa em cima do diabo, uma vez que ele opera, mas a gente coopera.
Finalmente a Conversão acontece
Agora, vamos ver como aconteceu com Santo Agostinho a sua conversão para valer.
Ele diz assim: que Deus, mostrando-me vós por toda parte, que faláveis a verdade, eu, que já estava convencido, não tinha absolutamente nada que vos responder, senão palavras preguiçosas e sonolentas.
Ou seja, Santo Agostinho, nessa altura da sua história, quando ouvia a palavra de Deus por meio de Santo Ambrósio, achava tudo lindo e se deleitava. Mas em vão, porque nos seus membros outra lei repugnava, ou seja, a lei do seu espírito.
Como tudo ocorreu?
Um dia, Santo Agostinho estava com seu amigo inseparável, Alípio, e conversando, dialogavam sobre as narrativas que ouviam sobre muitas pessoas que se entregavam a Deus.
Isto é, tratava-se de monges, que renunciavam a tudo e iam viver a vida em oração. Sabiam da vida de Santo Antão, que tinha ficado popular naquela região através das narrativas de Santo Atanásio.
Isto porque foi Santo Atanásio, que era bispo de Alexandria no Egito e foi exilado na Itália. Sendo assim, Santo Atanásio foi quem popularizou a vida monástica e a vida de Santo Antão. Então, Santo Agostinho ouvia relato dessas histórias.
A interferência dos monges na conversão de Santo Agostinho
Um dia, Santo Agostinho, refletindo sobre como os monges conseguiam deixar tudo para seguir a Cristo, refletia: se eles conseguem, por que não eu? E começou a chorar.
Dessa forma, é perceptível como aconteceu a mudança em Santo Agostinho. Ele ouviu sobre a vida dos santos e ficou fascinado por aquilo. E disse assim: se esses e essas fazem isso, por que não eu?
Portanto, a situação de Agostinho nesse momento é daquela pessoa que estava presa por mil fios.
Em comparação, imagina um passarinho que não consegue voar porque tem mil fios prendendo os seus pés. Não basta cortar 999 fios, pois, restando apenas um, essa ave ainda não consegue voar. Não concorda?
E é isso que Santo Agostinho explicava. Ou seja, ele está dizendo no seu livro que ele estava tenuamente amarrado, ou seja, era só um fiozinho, mas estava amarrado.
A palavra de Deus auxiliando na conversão de Santo Agostinho
Entretanto, se sentindo amarrado na sua vida espiritual, no jardim de sua casa em meditação, Santo Agostinho em busca de sentido para sua vida, houve interiormente uma voz: “toma e lê! toma e lê.
Porém, essa voz mexe fortemente com ele e percebe que era convite de Deus para abrir a sua palavra, a Bíblia e ler.
O texto citado era e, Romanos — “Vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes. Mas vistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não sigam os desejos dos instintos egoístas”
Neste momento, esse último fio é liberado e decide-se a converter-se de fato.
Com 32 anos, Agostinho, mudou-se com a família para uma propriedade rural. Naquele lugar, Agostinho abraçou a fé católica, graças a convivência com a família e amigos, que compartilham as tarefas do local e também oravam juntos.
Passado um ano, na celebração da Vigília Pascal da noite de 24 para 25 de abril de 387, Aurélio Agostinho foi batizado na Catedral de Milão pelo bispo Ambrósio. Foram batizados também seu filho Adeodato e o fiel amigo Alípio.
A conversão de Agostinho foi tão profunda que sua vida foi transformada completamente! Ele dedicou o resto de sua vida ao conhecimento de Deus e tornou-se uma referência de Santidade, intercessão e testemunho!