Bons padres e a Misericórdia Divina

Neste artigo tentarei unir o útil ao agradável, isto é, trazer a relação entre “bons padres e a Misericórdia Divina”.

Jesus é o verdadeiro sacerdote segundo ordem de Melquisedeque. Ele é sacerdote para sempre. Lemos isso nas escrituras sagradas:

Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; tu és sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque),

De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.

E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,

Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;

Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Hebreus 7, 21-27

Leia também: Se Jesus não tivesse ressuscitado ninguém teria salvação eterna

Embora o texto se refira aos sacerdotes do Antigo Testamento, podemos usá-lo para referir-se aos sacerdotes do Novo Testamento, ou seja, os sacerdotes Católicos.

Uma vez que Jesus, esse único e eterno sacerdote constituiu a Igreja Católica e, portanto, determinou que o sacerdócio Católico participasse do seu único e eterno sacerdócio.

Entretanto, se Jesus é a Misericórdia em pessoa, nesse sentido, todo o sacerdote Católico deveria exercer a misericórdia de Jesus, pois todo o sacerdote é persona Christi, ou seja, age na pessoa de Cristo.

O que é Misericórdia Divina?

A misericórdia Divina, explicando de maneira clara sem traços complicados dos estudos teológicos que somente os Teólogos entendem significa que…

A Divina Misericórdia nada mais é do que a bondade de Deus de enviar seu único Filho Jesus Cristo, que mesmo sendo Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, nasce como um de nós no ventre de uma mulher.

Porém, viveu tudo o que nós vivemos e depois, se entrega por nós na Cruz para redimir nossos pecados.

Então, a misericórdia infinita de Deus se mostra eminentemente na Redenção. Por isto é coerente dizer que do peito aberto de Jesus, trespassado pela lança, brotam os rios “da misericórdia divina”. – a água e o sangue:

Porque, de fato, é na Redenção que Ele manifesta de modo mais elevado a Sua misericórdia, muito mais que na Criação, a propósito.

Nesta, Deus faz as criaturas do nada; naquela, porém, Ele faz muito mais: transforma um réprobo, uma pessoa que merecia o inferno, em um salvo, em um eleito.

A misericórdia de Jesus passa pelo sincero arrependimento

Entretanto, a misericórdia de Jesus perpassa pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, onde, culmina depois de 2025 anos no confessionário.

É isto mesmo, sem confessionário, não existe a misericórdia. E mais, sem arrependimento sincero não existe misericórdia.

Há uma onde na Igreja que diz que Jesus é amor e misericórdia infinita e que perdoa tudo. Em parte, isto é verdade, no entanto, esquecem de citar o arrependimento e a mudança de vida.

Inclusive, alguns grupos defendem a não existência do inferno e que Deus sendo bom não poderia condenar ninguém. E para reforçar a ideia tentam comprová-la na lógica da Divina Misericórdia.

Qual a relação de “Bons Padres com a Misericórdia Divina”?

O bom padre não é aquele que passa a mão na cabeça dos fiéis, flertando com o mundo, achando que sendo maleável vai atrair mais pessoas para a igreja.

Isso fizeram e fazem muitos padres marxistas, adeptos da Teologia da Libertação. Ou seja…

Que tentam, ao invés de purificar a Igreja das ideias errôneas do mundo procuraram trazer essas ideias mundanas para dentro da Igreja e paganizá-la.

São João Maria Vianney – Modelo de um bom sacerdote

São João Maria Vianney é exemplo de um excelente padre. Ele que não tinha muitos talentos humanos, no sentido de que não era super simpático, não era um pregador cativante.

No entanto, aquilo que ele não teve de talento para pescar as pessoas humanamente, teve de graça e de generosidade para pescá-las divinamente.

São João Maria Vianney, na sua paróquia, bateu de frente com o insucesso.

Convidava as pessoas e o que respondiam eram blasfêmias. Tocava o sino e ninguém vinha. E então, São João Maria Vianney, diante daquilo que é o coração de sacerdote, fez aquilo que o Cristo sacerdote fez, se entregou.

O bom padre é aquele que se entrega como Cristo pelos seus paroquianos

E ao se entregar a Deus em penitências, em oração, em generosidade, em amor, ele amou os que eram seus e amou-os até o fim.

São João Maria Vianney podia ter desistido daquele povo. Podia ter olhado para a cidade de Ars, batido as sandálias ou as suas botinas e dado no pé, vocês não me merecem.

De fato, Ars não merecia o grande santo que ali chegava. No entanto, Deus tinha seus projetos.

Através da perseverança, do amor e da generosidade, São João Maria Vianney foi alcançando do coração de Jesus cada alma, uma por uma.

Até o ponto que, anos depois, ele desabafa numa homilia cheia de admiração e gratidão a Deus. Ars, não é mais Ars. É transformada completamente.

Diferente a cidade, mas foi necessária a perseverança e a fidelidade deste grande santo.

Adocicar o evangelho

São João Maria Vianney poderia ter olhado para a cidade de Ars e dito assim, ah, mas eles são tão rudes, eles são tão ignorantes, são tão iletrados.

Porém, poderia adocicar o Evangelho no sentido de adaptá-lo, ou seja, fazer uma graduação. Olha só, o Evangelho pede de vocês a obediência aos dez mandamentos.

Mas vamos fazer o seguinte, obedece apenas três, e os outros sete a gente faz um abatimento, uma adaptação. Afinal das contas, por que exigir a lei de gente tão rude?

Portanto, não é isso que muitos fazem ou pelo menos propõem em alguns Sínodos para que a Igreja faça?

Mas ele não fez isso. Ele não fez isso porque São João Maria Vianney sabia, como qualquer coração verdadeiramente católico sabe…

Que os pecados mortais ou nós os abandonamos todos de uma vez e para sempre, ou nós não entramos em estado de graça. Não existe gradualidade quando se trata de abandonar os pecados mortais.

Portanto, é desprezo disfarçado, claro, numa capa de pseudo-misericórdia, ou seja, ah, não vamos exigir tanto das pessoas.

Mas é ofensivo olhar para os leigos, olhar para as pessoas de Deus e dizer, vocês não são capazes de amar. Sejam egoístas. Façam só um pedaço da conversão.

Não. Os leigos são capazes de amar e podem converter-se de fato.  

O sucesso de São João Maria Vianney veio da sua total entrega

E somente um coração paterno, sacerdotal, como disse São João Maria Vianney, é que pode chegar e dizer que, enquanto não largarem todos os pecados mortais, de uma vez e para sempre, não tem absolvição.

E para este confessionário, aparentemente tão intransigente, acorria toda a França.

Inclusive, a ponto que o próprio diabo um dia disse a São João Maria Vianney, se houvesse na França, três padres como você, o meu reino estaria destruído.

Três, somente, bastaria. Por quê? Porque um coração sacerdotal que não subestima os seus filhos, um pai que é o melhor para os filhos.

Porém, não há nada de melhor do que abandonar o pecado e o egoísmo e abraçar a grande via do amor, o caminho da entrega e da união a Deus.

Jesus é Misericórdia, mas também é justiça

Porém, esse mesmo Deus que é amor e misericórdia também age segundo a Justiça. Justiça, nada mais é do que dar a cada um o que realmente merece.

Assim sendo, ao mesmo tempo que Jesus perdoa a todos os pecados por meio da sua infinita misericórdia, desde que o pecador se arrependa.

Da mesma forma, Nele, ou seja, em Jesus, se cumpre a Justiça de Deus que prevê a punição do pecado que não foi devidamente confessado e arrependido.

Rezemos pela igreja Católica para que Jesus suscite em seu “seio” muitos bons padres, bispos e sobretudo, nesse tempo em que a igreja está vacante. Rezemos para venha um novo sucessor de São Pedro, tão santo quanto.  São João Maria Vianney, rogai por nós e por cada um dos seus sacerdotes, Amém!

Video do Padre Paulo onde relata a Visão do Inferno de Santa Faustina

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Antonio Garcia. Autor Blog Orações e Devoções Católicas

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