- Pequenos trechos da Crucificação de Jesus
- Jesus foi totalmente massacrado pelo excesso da dor
- Momento mais doloroso da Crucificação
- Houve silêncio absoluto como se toda a Criação tivesse ficado suspenso
- Jesus morre por mim e por você e por toda a humanidade
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Você sabia que a Paixão de Cristo foi vista de forma mística pela Beata Anna Catarina Emmerich?
No entanto, Jesus sofreu atrozmente na Cruz, no entanto, não temos dimensões do seu sofrimento.
É algo fora do comum, quando se tem detalhes minuciosos sobre a Paixão do Nosso Salvador, contada de forma rica e detalhada.
Portanto, este artigo traz descrições muito detalhadas dos sofrimentos de Cristo, incluindo a dramática cena da crucificação. Inclusive, essas visões inspiraram obras como o filme A Paixão de Cristo.
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Abaixo, segue agora alguns pequenos trechos descritivos da crucificação, conforme narrados nas visões da Beata.
Logo após a chegada ao Calvário, Jesus é deitado sobre a cruz pelos soldados. Emmerich descreve esse momento com uma riqueza de detalhes que impressiona e comove profundamente. Ela relata assim.

Pequenos trechos da Crucificação de Jesus
Entretanto, Jesus, imagem viva da dor, foi estendido pelos carrascos sobre a cruz.
Ele próprio se sentou sobre ela e eles brutalmente o deitaram de costas.
Colocaram-lhe a mão direita sobre o orifício do prego, no braço direito da cruz, e aí lhe amarraram o braço.
Todavia, um deles se ajoelhou sobre o santo peito, enquanto o outro lhe segurava a mão, que se estava contraindo, e um terceiro colocou o cravo grosso e comprido, com a ponta limada…
E, portanto, sobre essa mão cheia de bênção, e cravou-o nela, com violentas pancadas de um martelo de ferro. Doces e claros gemidos ouviram-se da boca do Senhor. O sangue sagrado salpicou os braços dos carrascos.
A descrição é quase difícil de ouvir, e ainda mais difícil de imaginar. Ela continua dizendo que essa tração cruel fez com que os ombros violentamente distendidos formavam grandes cavidades axilares.
Ou seja, os ombros ficaram tão deslocados, tão abertos, que criaram buracos visíveis debaixo dos braços, um nível de sofrimento físico absolutamente inimaginável.
E mais uma vez, os carrascos ajoelham-se sobre o corpo de Jesus para mantê-lo imóvel, e então pregaram o segundo cravo na mão esquerda.
No entanto, jorrou alto o sangue, e ouviram-se os agudos gemidos de Jesus por entre as pancadas do pesado martelo. Os braços do Senhor estavam tão distendidos que formavam uma linha reta.
Esse detalhe final, os braços formando uma linha reta, pode parecer técnico à primeira vista, mas tem um significado profundo.
Jesus foi totalmente massacrado pelo excesso da dor
De certo modo, mostra que o corpo de Jesus foi esticado de tal forma, sob tamanha tensão, que seus braços já nem repousavam mais sobre a madeira. Ele estava suspenso, sustentado pelo peso da dor e do amor.
Porém, chegamos agora ao momento mais intenso do suplício, a fixação dos pés de Jesus na cruz.
Emmerick relata que havia um pequeno suporte de madeira na parte inferior da cruz, que serviria para apoiar os pés do Senhor.
No entanto, devido à posição dos furos feitos com antecedência, os pés de Jesus não alcançavam o suporte quando ele foi esticado sobre a cruz.
Diante disso, os carrascos ataram uma corda à perna direita de Jesus e a puxaram com força, até que o pé encostasse na madeira, amarrando-o firmemente ali.
Em seguida, fizeram o mesmo com a perna esquerda, colocando o pé esquerdo sobre o direito.
Como os dois pés ainda não estavam perfeitamente alinhados com o local do prego, primeiro perfuraram o pé esquerdo com um prego menor, apenas para fixá-lo parcialmente.
Porém, somente depois trouxeram um grande cravo de ferro, que Emmerick descreve como o mais horrível de todos.
Com esse cravo, transpassaram ambos os pés de uma só vez, atravessando o pé esquerdo e o direito, até que o ferro passasse pelo orifício do suporte e penetrasse profundamente na madeira da cruz.
Entretanto, a Beata descreve que os ossos estalaram sob os golpes do martelo, e então testemunha.
Momento mais doloroso da Crucificação
Este momento foi o mais doloroso de todos, por causa da distensão de todo o corpo. Contei 36 golpes de martelo, no meio dos gemidos claros e penetrantes do pobre Salvador.
No entanto, as vozes em redor, que proferiam insultos e maldições, pareciam-me sombrias e sinistras.
Esse momento das visões de Emmerick destaca que pregar os pés de Jesus foi, para ela, o auge da dor, justamente porque exigiu que seu corpo fosse esticado por completo de maneira antinatural.
Emmerick chega a contar 36 marteladas, enquanto se ouvem os gritos de dor de Jesus, e os insultos daqueles que assistiam a cena.
Depois que Jesus foi completamente fixado, seu corpo permaneceu preso e contorcido pela posição em que se encontrava.
Houve silêncio absoluto como se toda a Criação tivesse ficado suspenso
Então, os algozes ergueram a cruz e a colocaram na cova escavada no chão para recebê-la.
Emmerick relata que no momento em que a cruz foi levantada e caiu com força na fenda da rocha, houve um minuto de silêncio absoluto, como se toda a criação tivesse ficado em suspenso.
Segundo ela, até o inferno sentiu o impacto do lenho batendo contra a rocha, enquanto, naquele mesmo instante, as almas dos justos que aguardavam a redenção foram invadidas por uma esperança profunda.
Logo em seguida, de Jerusalém, ouve-se o som das trombetas vindas do templo, marcando o início do sacrifício pascal, um momento da liturgia judaica que coincidia providencialmente com a crucificação de Jesus.
A própria Emmerick anota a hora aproximada desse evento. Observando a posição do sol, ela indica que seria por volta de meio-dia e 15 minutos quando a cruz foi erguida.
Esse sincronismo entre a imolação do cordeiro pascal no templo e a crucificação de Cristo é fortemente enfatizado em suas visões.
Emmerick sublinha essa correspondência como um sinal do caráter sacrificial e redentor da morte de Jesus.
Após horas de sofrimento, Jesus então levantou os olhos ao céu, deu um grito forte e disse, Depois, com indescritível ternura e poder, exclamou, e inclinou a cabeça.
Jesus morre por mim e por você e por toda a humanidade

Estava morto. Madalena gritou ao ver Jesus inclinar a cabeça e morrer, e depois tombou ao chão, sem forças. João e algumas mulheres a ampararam.
No entanto, ela não queria sair dali. Dizia que só a morte poderia separá-la do corpo de seu mestre. A virgem mãe caiu de joelhos e estendeu os braços como se quisesse amparar o filho.
Porém, ela viu e sentiu sua alma sair do corpo. Seu rosto tornou-se ainda mais pálido. Mas ela permaneceu em pé, sem gritar, sem chorar, apenas com o olhar fixo em Jesus morto, em silêncio absoluto.
Entretanto, João a sustentava com as mãos. Emmerick cita, Um dos pontos que mais chamam a atenção nas visões de Ana Catarina Emmerick é como ela liga a crucificação de Jesus com imagens do Antigo Testamento.
Quando a cruz é levantada no calvário, Emmerick compara essa cena à árvore da vida no paraíso.
Ela diz que no momento em que a cruz foi plantada no chão, quatro rios de graça jorraram das chagas de Jesus sobre a terra, como se estivessem renovando tudo.
Para ela, aquilo foi o começo de um novo Jardim do Éden, mas agora com a humanidade redimida por Jesus, o novo Adão.
Essa imagem faz referência ao livro do Gênesis, onde aparecem a árvore da vida e os quatro rios que irrigavam o jardim.
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